Era bonita, engraçada, inteligente e talentosa. Tinha traços faciais como os de uma mocinha de porcelana.
Tinha tudo, mas o tudo não era o suficiente. Necessitava ter mais. Decidiu roubar corações. Um aqui, outro ali, cinco, dez, incontáveis. Roubava um e partia o outro.
Agia inconscientemente, jogava o raciocínio na lata do lixo. Guardava-os numa caixa, até o momento no qual se enjoava de tudo aquilo e, assim como fazia com seu raciocínio, jogava-os fora.
O delito se repetia, a cleptomaníaca achava que conseguiria suprir suas necessidades de atenção, de amor, de afeto.
A cleptomaníaca foi descoberta.
Foi acusada,
Julgada,
Condenada.
A cleptomaníaca morreu sozinha.
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